Relato de experiências e de boas práticas - Uso Educativo dos blogs - I

1. Enquadramento Geral

Num primeiro momento, e como forma de enquadramento geral às possíveis modalidades de exploração de Blogs em ambiente educativo, apresentam-se alguns conselhos e linhas orientadoras úteis à realização de uma página web:

• Fácil navegação para todo o tipo de utilizadores;
• Não há fórmulas ou receitas (deve ser explorada a criatividade do grupo dinamizador);
• Deve incluir: informação genérica sobre a BE/CRE; catálogos on-line; indicação de recursos não apenas tradicionais mas também on-line (Ver estudo americano, de 2001, em que 94% dos jovens, entre os 12-17 anos, dizem usar a internet para fins educativos e 78" acredita que os ajuda) contemplando inclusive informação prática como fazer uma indicação bibliográfica completa, por exemplo; e ligação aos currículos (em colaboração com os professores, ex: planos de aulas ou selecção de sites por áreas temáticas…) e à temática da leitura/literacia (porque ler e a questão da literacia sempre serão a missão da Biblioteca e a fim de se encorajar a leitura voluntária, ex: divulgando os novos livros ou promovendo o topo dos mais lidos…) (Baumbach, Brewer, Renfroe, 2004)

No que respeita à utilização de blogs enquanto recurso e estratégia pedagógica, persistem as seguintes reflexões:

• a blogosfera educacional está acrescer e para lá todos caminharemos;
• há diferenças entre um blog pessoal e um de autoria institucional, sobretudo ao nível da finalidade já que estes últimos se devem assumir como espaços para divulgação do que se faz na BE/CRE. (Gomes, 2005)

Neste âmbito, destacam-se como principais utilizações educativas de um blog, as seguintes:

• arquivo de links úteis para diferentes temáticas;
• criação de um espaço reservado à contribuição do visitante virtual (ex: votação no Top dos livros mais lidos ou comentário sobre o livro mais lido…)
• criação de um espaço destinado às actividades realizadas na BE/CRE que deverá funcionar como o registo dos eventos que vão ocorrendo e dos quais muitas vezes não há divulgação ou feedback do público
• disponibilização de espaços como "criar uma indicação bibliográfica completa" ou "como elaborar um relatório" ou "como fazer uma apresentação oral"
• criação de um espaço para publicação de trabalhos de alunos e professores;
• divulgação do relatório de avaliação da BE/CRE (c/ inquérito aos utilizadores etc).

O sítio da Prof. Teresa resulta numa boa experiência de agregação das várias utilizações educativas enumeradas.

De acordo com José Carlos Abrantes, provedor dos leitores no Diário de Notícias, reflectindo sobre a utilização de blogues e wikis na escola, conclui que estes permitem:

• trabalho individual mas também colectivo;
• a escrita, que terá que ser feita com correcção e rigor;
• todas as formas de expressão do pensamento, tais como a fotografia, o vídeo, o som;
• ler textos, blogues, livros, bem como executar tarefas muito diversas;
• navegar na net, o que é um pré-requisito da feitura dos blogues, mas também um instrumento para o seu maior domínio;
• aceitar todos os temas, todos os métodos, todos os interesses;
• inserir na vida quotidiana a inovação permanente. Aliás, as tecnologias da net, em geral têm este sentido inovador. Ou seja, são um bom terreno de evolução;
• fazer o mais simples e complexo trabalho que as tecnologias já algumas vez permitiram. A formatação prévia e a edição imediata tornam esta tecnologia de fácil compreensão e domínio pelos professores, ao contrário de outras, que noutras épocas, foram surgindo.
  

Não há dúvida de que os blogues estão a ser realmente apropriados tanto por alunos como por professores como uma nova ferramenta educacional.